Homem sério, de poucas palavras, mas de muitas atitudes.
Simples, meticuloso, de fé fervorosa, de um amor sem limites.
Era capaz de mostrar nossos erros, sem levantar sua voz.
Músico dedicado.
Aprendeu sem professor.
Encantava-me com chorinhos e sambas dos quais aprendi a gostar.
Adorava ouvir os sons melodiosos, que saíam de seu clarinete.
Tempos bons aqueles, em que podia ouví-lo tocar.
Ainda ouço, na memória.
E me vejo na sala de casa, sentada escutando atentamente cada nota...
Gostava muito de estar ao seu lado.
Andávamos sempre juntos, grudados, pra todos os lados.
Ele chamava-me carinhosamente de "meu anjinho da guarda".
Aprendi a admirá-lo com os anos que passamos juntos.
Ele ensinou-me tudo que sei.
Aliás, devo a ele tudo o que sou.
Sempre bom, respeitador, trabalhador e honesto com todos.
Tornou-se um solitário, depois que minha mãe nos deixou.
Acho que nunca a esqueceu.
E eu o admirei ainda mais.
Hoje o que me restam são boas lembranças e um grande carinho, por aquele homem de físico franzino, mas de um enorme coração.
Embora muitos anos tenham se passado, desde a sua partida, ainda sinto sua presença.
Creio que nossas essências nunca se separaram.
E ainda hoje, é com muito amor e um grande orgulho, que posso dizer que Deus presenteou-me com este homem, para ser meu PAI.
Pai, onde quer que você esteja, te amo muito!!! Com carinho eterno!!!