achava que o tempo custava a passar.
Os dias eram longos,
felizes e tudo parecia distante:
aniversários, festas, Natal, Ano Novo, ...
E com a inocência calma das crianças,
torcia pela chegada de cada data importante.
Na juventude, o tempo parecia não existir.
Era como se eu estivesse parada aguardando a vida,
que ia chegar a qualquer hora.
Era como se eu tivesse todo o tempo, guardado à minha espera...
Hoje é engraçado e também preocupante,
quando percebo que as horas parecem voar.
Que a muito perdi o controle do tempo,
aquele que um dia pensei ingenuamente ter nas mãos,
e nada posso fazer.
Queria voltar ao passado,
para poder fazer as coisas que deixei de viver,
pegar de volta a juventude que desperdicei,
com tantas coisas inúteis.
Mas nada disso é possível.
O tempo que se foi, não posso tê-lo novamente.
A cada dia parece que ele se esvai com mais rapidez.
Tenho pressa de viver o que não pude.
As horas voam e eu me sinto perdida,
em meio a tantas coisas que se foram.
Me sinto cansada desta ciranda da vida.
Deste giratempo que não pára.
Porém, sinto que quando menos esperar,
tudo vai acabar e ficar eterno...
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